sábado, 1 de março de 2008


Já perdi a conta dos anos que se passaram desde que vieste ao mundo, como mais uma pessoa no meio de tantas outras, e dos que se passaram desde que te foste do mundo, como menos uma pessoa no meio de tantas outras.
Não posso dizer belas palavras de homenagem, os teus valores e desvalores, e mais não sei o quê.
Infelizmente não te conheci tão bem como queria.
Tantas coisas que tivémos para contar um ao outro e deixámos que o tempo as absorvesse e nos tirasse a oportunidade de as partilhar. Ou então fomos nós que desperdiçámos o tempo que o tempo nos deu, não sei.
Mas nada disso vai anular o dia 1 de Março, em que, há uns anos, costumávamos ir para a tua casa, cantar-te os parabéns, passar a tarde a ver televisão ou a brincar. Ainda me lembro de como eu gostava de brincar na bicicleta que tinhas no quarto que era do meu pai, ou de como ia para o bar da sala "servir-te" bebidas e bolachinhas.
A verdade é que muitas vezes só sentimos falta do que se vai, e esquecemo-nos de que quando se for, já não pode voltar.
Choro porque te foste, mas acima de tudo sorrio porque exististe: próximo ou distante, nunca te hás-de ir, para mim.
Parabéns,
avô Manel.


1 comentário:

Anónimo disse...

Parabens avô Manel, por ter uma neta como a Mariana
(L)